segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Selvagens

Autor: Don Winslow
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 288
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04561-4
Coleção: Alta Tensão

Sinopse:
Primeira regra do tráfico de droga: não provocar os cartéis.

Ben, filantropo e ambientalista em part-time, e o seu amigo Chon, ex-mercenário, dirigem um negócio bastante rentável de plantação de marijuana em Laguna Beach.
Chon sempre se encarregou de eliminar qualquer ameaça ao seu território, mas agora os dois amigos deparam-se com um problema que os ultrapassa - o Cartel de Baja, o núcleo do narcotráfico mexicano, quer uma parte do negócio e não está disposto a aceitar um «não».
Quando Ophelia, amiga e amante de ambos, é raptada, eles terão de tomar uma decisão: ceder à chantagem, resgatar Ophelia, ou pagar vinte milhões de dólares...
Selvagens é uma combinação hábil de adrenalina e suspense, numa visita guiada ao mundo do crime e da guerra contra o narcotráfico pela mão de um dos mestres do thriller.


Opinião:
Este livro chamou-me a atenção, muito sinceramente, pelo filme que saiu recentemente. Eu gosto de ver os filmes após ler os livros, daí não ter resistido e ter lido este livro.

No que toca a plantas Ben é o rei. Sabe como tratar delas, como as modificar, como as melhorar. Além disso é uma pessoa que odeia a violência e que adora ajudar o próximo. É aí que Chon entra. Chon é os músculos. Sendo um antigo mercenário, se algo exige força física e violência é só chamá-lo. Foi a junção dos talentos de ambos que fez com que estes tivessem um dos mais bem sucedidos negócios de plantação de marijuana e venda da sua zona. Mas numa altura em que a expansão de Cartéis de droga é algo que sucede todos os dias, estes dois amigos vêem-se de caras com uma proposta. Melhor, uma ameaça disfarçada de proposta. O Cartel de Baja, um dos maiores Carteis mexicano oferece-lhes a hipótese de se juntarem a eles, a fim de o Cartel se expandir para a sua zona e não haver problemas. Quando Ben e Chon reparam que o que eles querem é a "receita" da fantástica marijuana que apenas Ben consegue fazer, além de se apoderarem da sua clientela, estes decidem lutar pelo seu pequeno império!

Ophelia é uma rapariga linda, livre, decidida e sem papas na língua. Embora não tenha muitos amigos, Ben e Chon são os seus melhores amigos, além de amantes. Os três juntos fazem com que todos os problemas desapareçam, ocupado-se apenas de si mesmos. Sendo os três adoradores de uma boa marijuana de vez em quando, acompanhada de uma noite de loucura com muito sexo, melhor trio não poderia existir. Quando o Cartel  de Baja descobre este relacionamento de Chon e Ben com Ophelia decidem fazer o que nenhum dos dois rapazes estava à espera. Raptá-la e usá-la para os obrigar a sair do negócio. Mas Chon e Ben por muito que tentem manter low profile, quando se trata de Ophelia a coisa muda seriamente de figura!

Muito sinceramente pensei que iria gostar mais deste livro. A sinopse parecia-me interessante e algo de diferente. Havia algo que me chamava a atenção e que me fez ler este livro, mas muito sinceramente ele baralhou-me. A escrita do autor é estranha, uma coisa que no início se estranha e depois se entranha e por muito que me passasse pela cabeça "arghh não estou a achar a história interessante", por outro lado algo me puxava para continuar a ler o resto. Sim, eu sei que parece contraditório, mas a verdade é que foi exactamente isto que estava a acontecer enquanto eu lia o livro.

Achei uma história promissora, mas a escrita do autor é algo demasiado estranho para mim e que me fez pensar se com outro tipo de escrita a história não seria melhor. Por outro lado também é uma história demasiado simples, por isso talvez a escrita seja o que ajudou. Como podem ver é um livro que me deixou sentimentos contraditório, não sabendo eu sequer dizer se a culpa de tal coisa foi da história ou da escrita!

É um livro que acredito que faça as delícias de muitos, mas também acredito que poderá deixar outros tantos como eu, cheia de sentimentos contraditórios e sem a certeza se gostou ou não do livro.

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