quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Raptada - O Jardim Químico (Livro I)

Autora: Lauren DeStefano
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 256
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896572204

Sinopse:
Graças à ciência moderna, todos os recém-nascidos são bombas-relógio genéticas - os homens só vivem até aos vinte e cinco anos e as mulheres até aos vinte. Neste cenário desolador, as raparigas são raptadas e forçadas a casamentos polígamos para que a raça humana não desapareça. Levada pelos Colectores para se casar à força, Rhine Ellery, uma rapariga de dezasseis anos entra num mundo de riqueza e privilégio. Apesar do amor genuíno do marido Linden e da amizade relativa das suas irmãs-esposas, Rhine só pensa numa coisa: fugir, encontrar o irmão gémeo e voltar para casa.
Mas a liberdade não é o único problema. O excêntrico pai de Linden está decidido a encontrar um antídoto para o vírus genético que está prestes a levar-lhe o filho e usa cadáveres nas suas experiências. Com a ajuda de um criado, Gabriel, pelo qual se sente perigosamente atraída, Rhine tenta fugir no limitado tempo que lhe resta.


Opinião:
Este livro enfeitiçou-me assim que o vi. A capa é lindíssima... A sinopse é super curiosa e muitíssima interessante e diferente do que tenho lido! Assim, quando me emprestaram o livro e consegui arranjar tempo para o ler... foi o que fiz de imediato!

Rhine Ellery encontra-se presa com outras 14 raparigas... Este era o dia que ela mais receava, o dia em que seria apanhada pelos colectores. Rhine vive numa sociedade onde o período de vida dos homens não ultrapassa os 25 anos e das mulheres dos 20 anos. Tudo começou quando uma geração de crianças, alteradas graças à ciência moderna, nasceram praticamente perfeitos em todos os sentidos. Uma geração com maior tempo de vida, belos e inteligentes. Embora esta geração fosse perfeita, por alguma razão o tempo de vida dos seus filhos era demasiado diferente (e menor). A partir daí surgiu a luta desesperada da humanidade para descobrir uma cura para esta horrível doença, algo que faça a raça humana voltar ao que era. Para isso é que existem os colectores, um grupo que rapta crianças (normalmente raparigas) e depois escolhe entre o grupo de raparigas raptadas as que acham mais interessantes e intrigantes para as levarem aos chefes das famílias mais ricas a fim destes as desposarem e terem vários filhos. Filhos esses que são utilizados para experiências para encontrarem um antídoto para a doença que assola a população.

Rhine teve, pode-se dizer, sorte, de ser uma das escolhidas desses grupos. Porquê sorte? Porque ela, em conjunto com outras duas raparigas foram escolhidas, tendo as restantes sido de imediato eliminadas a sangue frio. Rhine pensa nisso durante todo o tempo em que está com o seu novo "senhor". Linden de seu nome, é filho de um homem pertencente à primeira geração. Um homem sem escrúpulos que tenta descobrir o antídoto. Apesar da falta de escrúpulos, este homem ama o filho com todo o seu coração e faz todos os possíveis para o ver feliz. Linden é uma alma demasiado pura  e muitíssimo diferente do seu pai, algo que vamos descobrindo ao longo de todo o livro.

Muito sinceramente gostei mais deste livro do que esperava. As minhas expectativas iniciais eram altas, mas começaram a baixar após a leitura de algumas opiniões que encontrei em diversos blogues. Mas já sabem o que se diz, não podemos gostar todos da mesma coisa e embora tenha visto pessoas que apenas acharam o livro engraçado, eu achei-o muitíssimo bom! Adorei mesmo! A personagem de Rhine é fantástica. Embora esteja presa e com apenas 4 anos de vida restantes, em vez de decidir ter uma boa vida (embora falsa) ao lado de Linden, continua sempre a ter em mente o facto de mal o conhecer, de ter sido obrigada a casar, de a terem raptado e o seu irmão estar sozinho sem notícias suas. Sempre com isto em mente, e embora tente fazer o menor mal possível a Linden pois descobre que este é muitíssimo boa pessoa e não sabe "da história a meio", a mente de Rhine trabalha ao máximo para encontrar uma forma de fugir daquela prisão disfarçada. Mas isso torna-se mais difícil devido à presença do pai de Rhine, que é um homem frio e muitíssimo calculista e devido à paixão que Rhine começa a desenvolver por Gabriel, um dos empregados da casa. Um rapaz querido, lindo e que se preocupa imenso com ela.

Muito sinceramente estou dividida... embora adore a personagem de Gabriel, Linden tornou-se uma personagem que me admirou imenso. É tipo... criança imensamente protegida, uma alma demasiado pura. Embora tenha perdido a primeira esposa, acabou por casar por capricho do pai e depois descobre em Rhine uma pessoa sincera e simpática (embora não saiba que ela só está a ser calculista para escapar). Tem uma alma de artista, adorando desenhar, especialmente edifícios, tendo sido arquitecto antes de a primeira mulher ter adoecido de tal forma que não a conseguia deixar sozinha em casa. Linden tem algumas más atitudes, mas se virmos todo o retrato, para ele não são más. Foi o que lhe fora ensinado ser correcto, o que ele vira ser feito toda a vida. Gostei muito desta personagem e embora sem muita expectativa, espero que ele seja mais desenvolvido nos próximos livros.

Uma trilogia que vou acompanhar e que espero ansiosamente pelo próximo volume!

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