segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Há Sempre Um Amanhã

Autora: Anita Notaro
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 468
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789898228857

Sinopse:
A maior parte das pessoas consegue lembrar-se de um momento decisivo na sua vida. Uma fração de segundo quando o tempo parou e a vida mudou para sempre. Para Lily Ormond, esse momento chegou ao fim de um dia, quando foi abrir a porta e descobriu que, enquanto estava a esmagar alho e alecrim e assistir a telenovelas, a sua irmã gémea Alison se tinha afogado. Foi difícil conciliar-se com a perda da única irmã e melhor amiga, e mais ainda tornar-se mãe de Charlie, o filho de Ali com três anos de idade, mas descobrir que a sua irmã gémea levava uma vida secreta havia anos quase destruiu Lily... E assim começa uma viagem relacionada com quatro homens que tinham feito parte de uma vida que ela nem sabia existir. Uma viagem que obriga Lily a reconciliar-se com a memória do pai que nunca se importou realmente com ela, com uma criança que precisa muito de si e com uma irmã que não era o que parecia.


Opinião:
Admito... A capa deste livro simplesmente não consegue chamar-me a atenção... É uma capa que me diz "tens na mão um livro de drama... se queres algo não dramático estás no lugar errado". E foi esta capa que a muitos pode ter chamado a atenção que a mim me manteve afastada deste livro durante imenso tempo. A razão de o ter lido? Emprestaram-mo e como tal tinha que o ler e até gostei, pois este livro acabou por ser mais "chick-lit" (nome dado a romances mais femininos, sendo uma leitura leve e engraçada) do que propriamente dramático.

Um dia que parecia normal muda repentinamente quando Lily recebe a notícia da morte da irmã. Uma morte que apesar de tudo foi com alguma sorte, pois das duas pessoas prestes a morrer, salvou-se o pequeno Charlie, filho de Ali, irmã de Lily. De um momento para o outro a sua vida fica virada ao contrário. Entre decidir como fazer para cuidar o filho da irmã e ter que preparar e tratar de todos os assuntos necessários para o funeral, Lily acaba por conhecer quatro homens que parecem ter tido com a sua irmã uma relação deveras estranha e mais pessoal do que ela julgava. Afinal de contas, do ponto de vista de Lily, a irmã não se dava com homem algum desde que nascera o pequeno Charlie, embora a sua irmã fosse toda ela encanto e sensualidade, algo que Lily não possuía embora fossem irmãs gémeas.

Mas a chegada destes quatro homens vem dificultar o que só por si já era difícil. Em luto pela sua querida irmã, os encontros com estes homens vêm relembrá-la constantemente do quanto diferente era da irmã, de como esta era sensual e tinha um certo charme que parecia pertencer a si mesma. Falam de Ali como se falassem da melhor amiga e daquela paixão platónica que nunca devem revelar. Mas afinal que se passou entre estes homens e a irmã?

Muito sinceramente este livro até me surpreendeu. Não estamos perante uma obra de arte, longe disso, afinal este livro tinha uma premissa que poderia dar pano para mangas, mas de alguma maneira a autora andou ali às voltas de algo que tinha mais potencial do que aquele que ela retirou da história. Porque digo isso? Porque durante toda a história considerei a irmã de Ali, Lily, uma idiota... Sim, é mau dizer isso, mas a partir do momento que todos os factos estão perante si e ela continua sem perceber que a irmã andava com aquela gente toda ao mesmo tempo... É um "mistério" que qualquer leitor percebe logo ao início e mesmo assim Ali mantêm-se a si mesma na total ignorância!

Foi por esta razão que gostei mais das histórias desses quatro homens com as mulheres. Temos desde o mulherengo, passando pelo homem que ama a mulher mas que devido a problemas médicos o sexo já não é o que era. Este livro aborda vários homens distintos e foi isso que me fez até simpatizar com a história, sendo que a história principal, a de Lily, acabou para mim, por ficar em segundo plano, pois embora tenha simpatizado com a personagem, não precisam de a fazer tão coitadinha e ignorante.

Um livro que se lê bem e que embora não seja nenhuma obra de arte, acaba por valer a pena pelas personagens masculinas.

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