terça-feira, 8 de julho de 2014

Ligeiramente Perverso

Autora: Mary Balogh
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 368
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892325682

Sinopse:
A família Bedwyn está de volta. Estes seis irmãos e irmãs são capazes de tudo para concretizarem os seus sonhos… até de mandar às urtigas as normas rígidas da alta sociedade britânica, na qual continuam a fazer os possíveis por não ferir demasiado os sentimentos alheios.
É difícil resistir a Lord Rannulf Bedwyn. Para Judith Law, ele é um sonho tornado realidade. É com este belo desconhecido que a jovem decide passar a única noite de paixão da sua vida. Na manhã seguinte, ela submete-se resignadamente ao deprimente papel de dama de companhia de uma tia rica. Judith nunca pensou voltar a ver o homem a quem se entregou de forma tão arrebatada... e imprópria, muito menos encontrá-lo sob o mesmo teto e a cortejar a sua prima. Só que as aparências iludem. Rannulf não esqueceu a noite que passaram juntos. E Judith luta consigo mesma e com essa memória, à qual não pode ceder sob pena de perder a proteção da tia, o seu único sustento após a ruína da família. Quando um escândalo ameaça destruir a sua já frágil existência, Rannulf não hesita em recorrer ao poder e influência dos Bedwyn para a salvar. Os sentimentos de ambos estão ao rubro. Mas qual o futuro de uma relação que começou com uma paixão despudorada e culminou em humilde gratidão? Poderá o verdadeiro amor nascer de algo ligeiramente perverso?


Opinião:
Continuando com a minha vontade de ler romances históricos, mais uma vez, procurei no ereader algo que me matasse essa vontade. E encontrei outro livro da autora Mary Balogh. Visto que adorara o livro que tinha acabado de ler, que era desta autora, peguei neste de imediato.

A vida de Judith não podia estar mais condenada. A sua família está em falência e todos os tostões que juntam vão para o mais velho da família, o seu irmão adorado, o filho preferido. Dessa forma acaba por ser enviada para a casa da sua tia, de forma a ser apenas uma dama de companhia. Judith queria casar, ter filhos, ser feliz. Mas sabe que o seu cabelo horripilante que assusta inclusivamente os seus pais, e o seu corpo feio, algo que os pais tentam esconder através dos vestidos, são dois fatores que a tornam a melhor hipótese dos seus pais para ser dama de companhia, tendo as suas irmãs maiores chances de arranjar marido.

Lord Rannulf Bedwyn está a regressar a casa após imenso tempo a viajar. Mas como o azar parece que o acompanha, acaba por ser apanhado no meio de uma tempestade horrível. E parece que não é o único, pois acaba por encontrar uma diligência caída no meio da lama, sendo que acaba por ir ajudar as pessoas que ali se encontram. Uma das mulheres no meio da multidão chama-lhe de imediato a atenção. Curvilínea, com um cabelo arruivado rebelde e uma atitude que desde logo o encanta. Decide então ajudar aquelas pessoas, mas para isso decide que precisa de companhia até à estação mais próxima, escolhendo assim a beldade ruiva.

Judith não acredita que fora a escolha daquele homem tão estranho e sensual. Mas ainda fica a acreditar menos quando este começa a atirar-se a ela considerando-a bonita... Mas o que seria apenas uma noite acaba por ser algo mais, quando a prima de Judith acaba por ser uma das debutantes interessadas em Lord Rannulf para marido...

Gostei imenso deste livro, como não podia deixar de ser. Foi daqueles livros que me prendeu do início ao fim e que não consegui largar enquanto não o tinha terminado. Adorei a personagem de Rannulf. Este era suposto ser um sacaninha do pior, mas acaba por se mostrar alguém super querido e protetor para com aqueles que ama. Judith por seu lado foi uma personagem para com quem tive sentimentos contraditórios. Por um lado adorava-a. A maneira de ser livre dela, por ser divertida, terra a terra e inteligente. Mas depois fazia-me confusão ela ser inteligente e não perceber que os pais dela a "escondiam" por ela ser curvilínea e os homens olharem para ela, não por a acharem feia mas precisamente o contrário. Demasiado inocente, quando se quer provar precisamente o contrário.

Odiei a prima dela... Agora a avó idosa de quem estava a cuidar era um verdadeiro amor de pessoa e tudo fazia para ela conseguir um mínimo de felicidade no meio da "quase escravidão" em que vivia, escravidão essa que o idiota do seu irmão não se apercebia ser culpa sua, o que era um pouco óbvio. A irmã ir trabalhar de borla não é normalmente um bom sinal, digo eu.

Um livro que gostei e que embora tenha os seus pontos fracos, acabei por gostar bastante, aconselho!

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