quarta-feira, 23 de julho de 2014

Tríptico

Autora: Karin Slaughter
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 448
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898626288

Sinopse:
Três pessoas com segredos perturbadores.
Um assassino sem nada a perder.
Quando Michael Ormewood, detetive da Polícia de Atlanta, é chamado à cena de um homicídio num bairro social, depara-se com uma das mortes mais brutais de toda a sua carreira: o corpo de Aleesha Monroe jaz nas escadas de um prédio, numa poça formada pelo seu próprio sangue e horrivelmente mutilado.
Enquanto incidente isolado, este já seria um crime chocante. Mas quando se torna evidente que é apenas o mais recente de uma série de ataques violentos, o Georgia Bureau of Investigation é chamado a intervir — e Michael vê-se obrigado a trabalhar com o agente especial Will Trent, com quem antipatiza de imediato.
Vinte e quatro horas mais tarde, a violência a que Michael assiste todos os dias explode nas traseiras da sua própria casa. Percebe-se, então, que talvez o mistério da morte de Aleesha Monroe esteja indissoluvelmente ligado a um passado que se recusa a ficar esquecido…


Opinião:
Desde que este livro saíra no mercado que queria desesperadamente lê-lo. A capa era fantástica, a sinopse ainda melhor era. Acho que posso afirmar que a editora TopSeller anda a ganhar muitos pontos este ano, sendo uma das editora que mais leio, pois tem um pouco de tudo. Comédia, romance e policiais.

Michael Ormewood é um polícia detetive em Atlanta. Conhecido entre os seus colegas por ser divertido e folião, Michael tem uma vida difícil, não fosse o seu filho um rapaz deficiente que vai precisar do apoio dos pais para todo o sempre, nunca conseguindo fazer nada totalmente sozinho. Mas Michael ultrapassa isso e tenta fazer o seu melhor no trabalho, deixando o filho com a sua esposa, uma mulher que ama profundamente. Já Will Trent é um agente especial que fora destacado quando é encontrada uma prostituta morta no seu próprio sangue, tendo a sua língua sido arrancada à dentada. Will é um homem calado e que odeia que o chateiem, não compreendendo como é que todos gostam de Michael, quando este o acha um homem falso, sabendo que há algo na sua personalidade que não bate bem o que é deveras estranho.

Angie Polaski é uma polícia que trabalha na secção de disfarces. Esta trabalha entre prostitutas, prendendo não só aqueles que lhes pagam para terem sexo mas especialmente os grandes chefes destas redes de prostituição. Angie trabalha naquele posto há anos e conhece não apenas Michael, com quem trabalhara alguns anos, mas também Will, que conhecia desde criança quando eram apenas duas entre centenas de crianças órfãs. Michael, tentando fazer uma boa ação, avisa Angie da saída de um homem da prisão. Um homem que este afirma ser perigoso e que já matara, Jonathan Shelley. Um homem que passara anos preso, tendo sido libertado e ficado em prisão domiciliária quando menos esperava. Um homem que era amigo de infância de Michael.

Este livro foi uma montanha russa em que adorei aventurar-me. Todas as personagens estão interligadas e a ação é descrita do ponto de vista de todos elas, o que nos permite ligarmos-nos a estas sem perigo algo de estarmos a interpretá-las mal, pois sabemos realmente o que elas estão a pensar e os perigos e medos que estão a tentar ultrapassar. O assassino é facilmente identificável desde o início da narrativa, mas as voltas e contravoltas que a autora dá até finalmente se provar quem é são o melhor de todo o livro. A autora acaba por conseguir ligar crimes do passado a crimes do presente e tudo isso através de uma escrita analítica, crua e direta, que apesar de ser simples é esse mesmo o seu encanto. A sua simplicidade.

Adorei as personalidades de todas as personagens mas admito que foi Jonathan Shelley que mais me chamou a atenção. Inicialmente não sabemos dizer se este é inocente ou não pelo crime cometido há anos atrás, mas com o passar da ação começamos a compreender que esse crime passado está relacionado com os crimes presentes. Mas o melhor desta personagem foi a sua luta para se integrar. A sua luta para ser alguém normal e para quem os outros não olhassem de lado. Algo difícil quando não era uma pessoa propriamente comunicativa e tinha o estado em cima de todos os seus movimentos.

Apesar de tudo, Will Trent é a personagem menos desenvolvida o que achei estranho visto esta saga chamar-se Will Trent. Apesar de termos uns vislumbres do seu passado não passam disso, vislumbres. E sempre pela mão de Angie, senão não teríamos informações algumas sobre o agente especial. Mas acho que tal foi propositado, pois sem dúvida que pelo que li, o seu passado tem pano para mangas.

Um livro que aconselho e cujo seguimento quererei ler!

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