segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Quando Éramos Mentirosos

Autora: E. Lockhart
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 312
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892327365

Sinopse:
A família Sinclair parece perfeita. Ninguém falha, levanta a voz ou cai no ridículo. Os Sinclair são atléticos, atraentes e felizes. A sua fortuna é antiga. Os seus verões são passados numa ilha privada, onde se reúnem todos os anos sem exceção. É sob o encantamento da ilha que Cadence, a mais jovem herdeira da fortuna familiar, comete um erro: apaixona-se desesperadamente.
Cadence é brilhante, mas secretamente frágil e atormentada. Gat é determinado, mas abertamente impetuoso e inconveniente. A relação de ambos põe em causa as rígidas normas do clã. E isso simplesmente não pode acontecer. Os Sinclair parecem ter tudo. E têm, de facto. Têm segredos. Escondem tragédias. Vivem mentiras. E a maior de todas as mentiras é tão intolerável que não pode ser revelada. Nem mesmo a si.


Opinião:
Este livro dava-me sentimentos contrários. Por um lado queria imenso lê-lo, o título chamava-me a atenção e as críticas que saiam não podiam ser melhores. Mas por outro lado esse mesmo título apontava para uma história mais profunda, mais filosófica e não me apetecia nada ler um livro desse tipo. Acabei por decidir lê-lo mais pelas críticas que por outra coisa, pois tal como referi, essas eram muitíssimo positivas.

Todos conhecem a família Sinclair. Ricos, bonitos, famosos. Uma família perfeita. Ou pelo menos é o que esta aparenta exteriormente. Cadence é a neta mais velha da família, sendo a grande herdeira. Uma rapariga muito inteligente que apesar de pertencer a uma família supostamente perfeita sente-se tudo menos isso. Uma das coisas que Cadence adora é passar as férias na ilha da família, sendo assim possivel reencontrar aqueles que ela considera os seus únicos amigos. Esse seu grupo de amigos, a que decidem chamar "os mentirosos", apenas se vêem nas férias, onde as suas vidas parecem perfeitas. Mas sendo de diferentes partes da família Sinclair, os seus pais estão constantemente a brigar uns com os outros. Acham que a fortuna da família está mal dividida. Que existem pessoas a lucrar mais que outras. As crianças, sabendo que aqueles adultos quando se encontram não arranjam outro assunto para falar senão o dinheiro que deveria ser seu, as mansões mal divididas e as partes das empresas que seriam suas, decidem arranjar um plano para porem fim a esse assunto.

À frente desse plano encontra-se Cadence que decide avançar essencialmente por Gat, um rapaz que praticamente é ignorado pela família, sendo que esta decide que este praticamente não existe. Não sendo filho de sangue e pertencendo à "plebe", Gat sabe que as suas origens diferentes o fazem vê-lo quase como um dos empregados e não como membro pertencente da família. Não sendo da mesma nacionalidade que a família Sinclair, o pai desde não pode casar com a mulher que ama (uma Sinclair), pois tal poderá fazer com que o chefe da família não a inclua no testamento.

Este livro supreendeu-me imenso. Achei-o muitíssimo melhor do que esperava. A escrita da autora é muito fluída e leve, mesmo tratando de assuntos sérios, como os que este livro aborda. A juntar a isso, a própria história foi uma surpresa. Uma história muitíssimo simples, que acaba por se revelar uma surpresa essencialmente pelo estilo de escrita da autora. Sim, a escrita é o que faz o livro. Faz-nos sentir a urgência de Cadence de saber o que lhe acontecera, faz-nos compreender a adoração que esta tinha pelos seus amigos essencialmente por Gat, por quem tinha desenvolvido uma grande paixão.

É um livro que aborda muitos assuntos sérios. O perdão, a perda, o amor e a família. Este último é um dos pontos mais importantes, sendo um dos grandes motores de todo o livro, guiando-nos através da ação até chegar ao derrateiro momento do livro. Um momento de perdão que foi muitíssimo importante e que explicara tudo o que estava a ocorrer no livro. Um final perfeito e que adorei!

Aconselho sem reservas, tendo sido um livro que me prendera do início ao fim. E não se esqueçam, se alguém lhe perguntar como acabar este livro… MINTA.

0 devaneios:

Enviar um comentário