quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Vibração

Autor: Anders De La Motte
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 400
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722528061

Sinopse:
Henrik «HP» está em fuga. Passaram-se catorze meses desde que ele se tornou prisioneiro de um Jogo de Realidade Alternativa que quase lhe acabou com a vida. Agora tem tudo aquilo que deseja: dinheiro, liberdade e um mínimo de responsabilidades. Mas, apesar de tudo isto, não está satisfeito. Sente falta da adrenalina e o seu novo estilo de vida aborrece-o. Quando conhece a bonita e rica Anna Argos num hotel luxuoso do Dubai, a vida torna-se logo mais interessante. Mas há alguma coisa inquietante debaixo da superfície calma de Anna. E passa-se alguma coisa estranha com o telemóvel dela…
Para Rebecca, a vida devia ser mais fácil agora que o seu passado já não a persegue. Acaba de ser promovida novamente e está prestes a ir viver com o namorado. Mas, apesar disso, está com dificuldade em assentar. Tudo muda quando toma conhecimento de um fórum na Internet onde um detetive anónimo escreve histórias ameaçadora que são claramente acerca dela.
À medida que o cerco se vai fechando sobre HP e Rebecca, as questões vão surgindo. O que é real? Em quem se pode confiar? E como é que uma pessoa se protege de uma ameaça cuja existência não se pode provar?


Opinião:
Após ter lido o primeiro livro desta trilogia, um livro que se foi construindo lentamente mas cuja escrita leve e prática me prendera do início ao fim, queria imenso saber o que iria acontecer. Foi dessa forma que, após este livro sair, a curiosidade de o ler era muitíssimo grande. Ainda bem que o fiz, pois achei-o bem melhor do que o primeiro, mais emocionante, com mais ligação às personagens e uma narrativa com mais momentos engraçados e apesar de toda a pressão existente, momentos mais leves.

HP continua em fuga. Sabe que se o Jogo o apanhar há uma grande probabilidade de o matarem de imediato. E isto, claro, se tiver sorte, pois a tortura pode muito bem estar incluída no pacote. A sorte de HP é que no livro anterior conseguira ficar com os diversos milhões que lhe haviam sido prometidos, embora ele não tivesse feito o que era suposto para os receber. Aproveitado a boa vida enquanto pode, a verdade é que tal é muitas vezes estragado pelo facto de HP estar constantemente a olhar por cima do ombro, com medo de puder ser apanhado em qualquer momento.

Mas tal como no livro anterior, HP não consegue manter-se afastado do perigo e acaba por usar a identidade de um dos seus grande amigos, um homem com um grande prodígio e muito inteligente, entrando assim num negócio para o qual tem imenso jeito. Um negócio que mais uma vez não é apenas o que parece. Enquanto isso, a sua irmã, Rebecca, está a avançar na sua vida, indo viver com o namorado. Mas quando começam a acusá-la de mil e uma coisas diferentes, Rebecca decide saber o porquê de tudo o que lhe está a acontecer, o que te uma forma inesperada acaba por a levar ao seu irmão mais novo...

Sim, este livro está muito melhor do que o anterior. O drama aumenta drasticamente e vemos como o Jogo era apenas uma pequena parte de um todo. Uma parte muitíssimo pequena. Hoje em dia a tecnologia comanda a nossa vida e é através desta que o Jogo foi divulgado, tal como é através desta que uma maior operação estará a ser levada a cabo. Uma operação que mais uma vez acaba por envolver HP, que se mete literalmente na boca do lobo.

As próprias personagens estão mais cativantes, prendendo-nos mais à narrativa. Acho que como o autor já nos dera a conhecer HP e Rebecca no livro anterior, neste acabou por as fazer ter mais garra e gostei imenso de ver isso. O ritmo da narrativa é alucinante, passando a uma velocidade louca. De um momento para o outro há tantos acontecimentos que apenas queremos continuar a ler para saber que mais se passaria e a própria maneira de ser das personagens permite esse ritmo.

Um livro muito melhor do que o primeiro e que me deixou imensamente curiosa para ler o último da trilogia.

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