quarta-feira, 4 de março de 2015

Um, Dó, Li, Tá

Autor: M. J. Arlidge
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 336
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898626783

Sinopse:
Uma jovem rapariga surge dos bosques após sobreviver a um rapto aterrador. Cada mórbido pormenor da sua história é verdadeiro, apesar de incrível. Dias mais tarde é descoberta outra vítima que sobreviveu a um rapto semelhante.
As investigações conduzem a um padrão: há alguém a raptar pares de pessoas que depois são encarcerados e confrontados com uma escolha terrível: matar para sobreviver, ou ser morto.
À medida que mais situações vão surgindo, a detetive encarregada deste caso, Helen Grace, percebe que a chave para capturar este monstro imparável está nos sobreviventes. Mas a não ser que descubra rapidamente o assassino, mais inocentes irão morrer...
Um jogo perigoso e mortal num romance de estreia arrebatador e de arrasar os nervos, que lembra filmes como Saw — Enigma Mortal e A Conspiração da Aranha.


Opinião:
Que capa! Nunca tinha ouvido falar do autor, numa tinha ouvido este título antes de chegar às livrarias... Mas esta capa está de tal forma fantástica que até eu, que não sou viciada em policiais, não resisti a lê-lo. E sem dúvida alguma que valeu a pena...

Uma noite como qualquer outra. Pelo menos era o que pensava o jovem casal em cena. Mas por azar destino, ou pelo menos foi isso que pensaram inicialmente, ficam sem combustível sem aviso prévio. Parados no meio do nada, de repente encontram-se dentro de uma piscina. Uma piscina vazia, com vários metros de altura e sem escada alguma para subirem. Tentando de tudo para fugir, o caso fica mais assustador quando repentinamente recebem uma mensagem a dizer que, dos dois, quem assassinar o outro, sobrevive. Aí descobrem que para além deles os dois, apenas um objeto existe naquela piscina, uma pistola com apenas uma bala.

Helen Grace não quer acreditar quando lhe ligam para investigar o caso de uma rapariga que acabara de chegar à esquadra afirmando que assassinara o namorado. Uma rapariga assustada, diferente do que os registos mostravam ser no passado. Uma rapariga que lhe conta como fora torturada psicologicamente, sem comer, sem beber, sem sítio para se aliviar. Alguém que passara semanas a tentar resistir, até o desespero se apoderar dela.

Mas o caso do jovem casal acaba por demonstrar não ser um caso isolado. Helen acaba por ser chamada para inúmeros casos iguais, mudando apenas o local de aprisionamento, mas a mensagem e a forma de tortura psicológica continuam a ser semelhantes. Um assassino em série que dá cabo da cabeça de Helen, apesar desta desconfiar estar muito mais perto do que aparenta.

Este livro surpreendeu-me. Sei que já existem inúmeras críticas online sobre o mesmo, mas admito que apenas sabia que era um bom livro porque me disseram e não por ter lido opiniões noutro blogue. A leitura é rápida e a escrita do autor é fluída, prendendo o leitor do início ao fim. Se a escrita por si só já é viciante, ao juntarmos a humanidade existente nas personagens, tudo melhora.

Todas as personagens deste livro são muito reais e acabamos por nos ligar a elas profundamente, adorando-as acima de tudo. A humanidade, como referido, é a chave de todo o livro. O assassino gosta de jogos, e o seu favorito era juntar duas pessoas que se conheciam bem e dar-lhes duas hipóteses. Morrer ou matar. Hipóteses de fácil entendimento mas difícil escolha e é isso que vemos ao longo de todo o livro.

A personagem que é mais aprofundada é a detetive Helen Grace, uma mulher com uma vida difícil, fria e com demasiados segredos. É alguém que dá pena ao leitor, apesar de sentirmos a sua força interior. Ficamos a conhecê-la ao longo de todo o livro, acabando por descobrir que o caso está mais relacionado com a detetive do que inicialmente aparenta.

Um policial que vale a pena.

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